domingo, 30 de março de 2014

Nosso pequeno castelo...




Já longe de tanta fumaça
Menina que manda seus beijos com graça
Me faça rir, me faça feliz
Sentada na areia, brincando com a sorte
Não chove não molha
Não olhe agora, estou olhando pra você
Não olhe agora, estou olhando pra você

Me faça um gesto, me faça perto
Me dê a lua que eu te faço adormecer
Me faça um gesto, me faça perto
Me dê a lua que eu te faço adormecer

Anoitecerá
Na estrada o farol de quem se foi
Já não ilumina quando te beijar
Parece que a vida inteira esperei para te mostrar
Que na rua dia desses me perdi
Esqueci completamente de vencer
Mas o vento lá da areia trouxe infinita paz

No nosso livro, a nossa história
É faz de conta ou é faz acontecer?
No nosso livro, a nossa história
É faz de conta ou é faz acontecer?
No nosso livro, a nossa história
É faz de conta ou é faz acontecer?
No nosso livro, a nossa história
É faz de conta ou é faz acontecer?

Acontecerá

O Teatro Mágico

sábado, 15 de março de 2014

Pra você guardei o amor...



Pra você guardei o amor que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar sentir
Sem conseguir provar, sem entregar e repartir
Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim...
Vem visitar, sorrir, vem colorir solar, vem esquentar
E permitir quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz no giz do gesto
O jeito pronto do piscar dos cílios que o convite do silêncio
 exibe em cada olhar
Guardei sem ter porquê, nem por razão
ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei vendo em você
Explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu, cheiro e ar na cor que o arco-íris risca ao levitar
Vou nascer de novo lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço do seu lar
Guardei sem ter porquê, nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer...


Composição: Nando Reis

De janeiro a janeiro



Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
 E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar
 As várias fases, estações que me levam com o vento
 E o pensamento bem devagar

Outra vez, eu tive que fugir
 Eu tive que correr, pra não me entregar
 As loucuras que me levam até você
 Me fazem esquecer que eu não posso chorar

Olhe bem no fundo dos meus olhos
 E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
 O universo conspira a nosso favor
 A consequência do destino é o amor, pra sempre vou te amar

Mas talvez, você não entenda
 Essa coisa de fazer o mundo acreditar
 Que meu amor não será passageiro
 Te amarei de janeiro a janeiro
 Até o mundo acabar

Composição: Roberta Campos ·
Participação: Nando Reis


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Resposta ao tempo...



 
 
 
Batidas na porta da frente: é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito...
Calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei
Num dia azul de verão sinto o vento
Há folhas no meu coração
É o tempo...
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos
Respondo que ele aprisiona, eu liberto...
Que ele adormece as paixões, eu desperto...
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender como eu morro de amor
Pra tentar reviver...
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer...
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
Respondo que ele aprisiona, eu liberto!
Que ele adormece as paixões, eu desperto!
E o tempo se rói com inveja de mim...
 
Nana Caymme
Compsição:Aldir Blanc

sábado, 19 de outubro de 2013

Jogar as chaves...


Fui chegando bem devagar,
Ainda tenho a cópia das chaves,
Cheguei no prédio, o porteiro ainda está lá,
Abri a porta como fiz várias vezes.
As coisas ainda estão no lugar
Como eu deixei, nada mudou.
Me perguntei, parei pra pensar
O que estou fazendo aqui?
Só tenho uma resposta: acho que ainda te amo
Só tenho uma resposta: acho que te amo ainda
Uma resposta: que te amo
Me abracei em suas roupas no armário,
Todas elas têm o teu cheiro
Na sala, onde costumávamos ficar,
Arrumei os cds que tanto ouvíamos,
São momentos que curtíamos ah, ah!
Eu guardo na memória tantas músicas, na memória ah, ah!

De repente o telefone toca,
De um susto a princípio, um pulso, eu quase atendi
Aí eu me pego ao passado que se acabou
A secretária dispara,
Eu ouço a voz sua:
É para você
É outra pessoa
Procurando você
E pelo recado
Eu vejo que você
Já está em outra...
Já está em outra ah, ah!

Melhor eu ir embora.
E não esquecer de jogar as suas chaves fora.
Melhor eu ir embora...
Melhor eu ir embora...
E não esquecer de jogar as suas chaves fora.
Melhor eu ir embora...
Melhor eu ir embora...
Melhor eu ir embora...
Melhor eu ir embora...

Carrossel



Basta o teu olhar
Pra me hipnotizar
Medo de me perder
Como num sonho mau
Tempo que vai passar
Setas vão me guiar
Guiam você também
Mostram a verdade
Felicidade, enfim
Carrossel
Gira e volta ao mesmo lugar
Procuro e sei que vou encontrar
O amor que foi só de nós
Nunca desanimar
Tempo de acreditar
Que vai cicatrizar
Mesmo que seja em vão
Tempo que vai passar
Setas vão te guiar
Guiam a mim também
Mostram a verdade
Felicidade, enfim
Carrossel
Gira e volta ao mesmo lugar
Procuro e sei que vou encontrar
O amor que foi só de nós
Só de nós
Carrossel
Só de nós
Carrossel

Composição: Claudio Rosa



Jesus numa moto


Preso nessa cela
De ossos, carne e sangue
Dando ordens a quem não sabe
Obedecendo a quem tem.

Só espero a hora
Nem que o mundo estanque
Prá me aproveitar do conforto
De não ser mais ninguém.

Eu vou virar a própria mesa
Quero uivar numa nova alcatéia
Vou meter um Marlon Brando" nas idéias
E sair por aí.

Prá ser Jesus numa moto
Che Guevara dos acostamentos
Bob Dylan numa antiga foto
Cassius Clay antes dos tratamentos

John Lennon de outras estradas
Easy Rider, dúvida e eclipse
São Tomé das letras apagadas
E arcanjo Gabriel sem apocalipse.

Nada no passado
Tudo no futuro
Espalhando o que já está morto
Pro que é vivo crescer.

Sob a luz da lua
Mesmo com sol claro
Não importa o preço que eu pague
O meu negócio é viver.

Eu vou virar a própria mesa
Quero uivar numa nova alcatéia (nova alcatéia)
Vou meter um Marlon Brando" nas idéias
E sair por aí.

Prá ser Jesus numa moto
Che Guevara dos acostamentos
Bob Dylan numa antiga foto
Cassius Clay antes dos tratamentos.

John Lennon de outras estradas
Easy Rider, dúvida e eclipse
São Tomé das letras apagadas
E arcanjo Gabriel sem apocalipse.

Sob a luz da lua...
Mesmo com sol claro...
Preso nesta cela...

Composição: Zé Rodrix